Ontem meu velho rival, o destino usou uma de suas armas favoritas, o acaso para deferir aquela estocada provocativa... rs
Minha estátua de águia, uma de minhas favoritas, significa força, como diz o Kanji entalhado na montanha pela qual repousava, se quebrou ao cair do alto da estante onde ficava. Atingiu o chão e se separou em quatro partes: asa direita, asa esquerda, corpo e garras encravadas juntamente com a montanha onde está entalhado o kanji “força”.
Fato trágico, infeliz acaso? Não!
Nada é por acaso, a águia se quebrou, eu exigi características que não são de águia, resistência, força... Quando as que ela tem melhor a oferecer são, destreza, visão aguçada, precisão... Sua “força” está no vôo na imensidão do céu, palco de seu ataque fascinante. Pedir para a águia caçar em terra firme é reduzir seu esplendor a um simples galo de briga.
Ele mergulhou, em seu ultimo lampejo tocou o chão seu ataque magnífico se destroçou contra o solo num ultimo sinal de raiva pelo mesmo, para com que outros animais se apegam tanto. O chão estremeceu e eu tive certeza do que acontecera, obrigado águia por ensinar mais uma lição ao tigre. Este pequeno tigre que se vangloria de reinar em suas planícies, quando o mundo é bem mais que planícies, florestas, savanas ou montanhas... Há o mar e o magnífico céu...
Vá esplendorosa águia sua lição foi aprendida, quem sabe numa outra era poderemos nascer irmãos de guerra, juntar nossos punhos e direcioná-los da forma certa... Vá lendária amiga e como a mitológica Phoenix, que você renasça ainda mais poderosa.
O que? Colar a estátua de águia? Nãããão...
Não existe, suas asas nunca teriam o mesmo esplendor. A deixo viva em sua gloriosa lembrança onde ninguém possa mais tocá-la, muito menos a machucar. Pois até o abraço de gratidão do tigre fere a frágil e poderosa ave de rapina.
Em sua ultima homenagem o RUIGIDO FORTE, ESTRONDOSO, como um TROVÃO em meio a TEMPESTADE ecoa nos quatro cantos impulsionado pelo VENTO...