quarta-feira, 3 de março de 2010

A tempestade que abranda e o vulcão ígneo...


Tempos onde o vento acha passagem para correr livre e só por onde sua brisa o levar, o velho moinho do destino, o mesmo de antigas e lendárias batalhas no abismo do tempo, vem a lhe desafiar novamente para um duelo mortal.

Uma leve brisa da manha soprava meu rosto neste dia, a maresia e os raios solares recarregavam minhas energias, alinhamentos cósmicos me diziam que era o marco de um novo tempo... Como um pressentimento eu me preparava para o campo de batalha onde com asas luz e uma espada de fé eu, meu anjo guerreiro somos realmente úteis, mas o que não esperávamos é que essa batalha seria tão árdua a ponto de minar nossa tão vangloriada e orgulhosa força...

Foi quando o vento, meu vento parou e subitamente o ar ficou turvo, anunciando uma entorpecente tempestade que estava por vir... Trovões, furacões precediam a tormenta, sempre apaixonado por fenômenos divinos incontroláveis nos vimos incontrolavelmente atraídos pela fúria de Zeus...

Realmente a força da tempestade foi crucial para imensurável intensidade desta união. E ainda o é, o que não se esperava é que mesmo a tormenta pudesse ser abrandada, e para meu vento, até se assemelhar com a leve brisa da manhã, o que foi também, maravilhosamente diferente e surpreendente. Assim como vento e água se tornam gelo, os indícios eram de que como o esquife criogênico eterno do zero absoluto perdurasse até o fim dos tempos...

Mas nosso antigo rival conspirava aos quatro cantos, as velhas areias do destino trouxeram um raio como mensageiro que impactou fulminantemente as entranhas de um vulcão adormecido, suas chamas saltaram ao léu aquecendo o ar colocando em risco a esquife de gelo absoluto.

As chamas são fascinantes, mas não é a toa que o fogo é o mais perigoso dos elementos. E em meio a essa tormenta ígnea nunca vista outrora, vinda juntamente com a visita de Azrael, o anjo da morte dá-se inicio a batalha nunca vista onde o vento há de se tornar um supremo furacão, ou ser derrotado e destinado a ser uma eterna brisa da manhã, aprisionado e esquecido por seu velho rival nas areias do tempo e espaço...


Pendezza, Anderson 02.03.2010

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